sobre o filme
01
educação menstrual
Queremos promover a educação menstrual, oferecendo informações acessíveis, científicas e culturais sobre a menstruação. Por meio do documentário e de materiais de apoio, busca-se desmistificar o tema, combater tabus e estimular o diálogo aberto, contribuindo para que corpos menstruantes – e toda a sociedade – compreendam esse processo natural de forma positiva e respeitosa.
02
saúde menstrual
Queremos incentivar práticas que assegurem a saúde menstrual, incluindo o acesso a cuidados adequados, higiene e a importância da autonomia do nosso corpo quando aliada a orientações médicas profissionais. Ao apresentar vivências e realidades diversas, destacamos a importância de criar condições que garantam que pessoas possam menstruar com segurança, conforto e amparo.
03
dignidade menstrual
Defendemos a dignidade menstrual como um direito humano, reconhecendo que o acesso a produtos de higiene, infraestrutura adequada e educação de qualidade são fundamentais para que a menstruação não seja motivo de exclusão, vergonha ou desigualdade. O projeto convida à reflexão sobre políticas públicas e práticas sociais que assegurem equidade e respeito à experiência menstrual.
nossos objetivos
“Menarca” é um documentário idealizado e dirigido por Lara Carvalho, que se debruça sobre as diferentes experiências e perspectivas biológicas, psicológicas e sociais pautadas pelos ciclos menstruais, especialmente a primeira menstruação que divide as fases da infância e da adolescência das jovens. O filme parte de uma série de respostas de jovens sobre suas crenças a respeito da menstruação. Em seguida, apresenta relatos e discussões entre pré-adolescentes que recentemente tiveram a sua menarca a respeito de seus ciclos menstruais, seus corpos, higiene menstrual. O filme também apresenta quatro dramatizações ficcionais, que abordam diferentes aspectos complementares da experiência da menarca e do ciclo menstrual, baseadas em histórias reais e nos relatos das adolescentes.
Acreditamos que a relevância do projeto se encontra em sua capacidade de reunir vozes femininas de contextos socioeconômicos diferentes para discutir um fenômeno biológico universal a todas as mulheres – a menstruação. A partir de um documentário pouco denso, sem muitos jargões técnicos ou complicados, porém informativo, esperamos produzir uma obra audiovisual que possa ser exibida em escolas públicas e particulares ao redor do país, buscando contribuir para a naturalização do corpo feminino (como também do corpo menstruante, independente de seu sexo biológico, abrangendo também as experiências de mulheres e homens trans), possibilitando que mais pessoas possam ter acesso às informações referentes à sua saúde íntima e possam também ter autonomia sobre as suas escolhas pessoais.
por que falar sobre menstruação?
Mais da metade da população mundial passa pela experiência da menstruação ao menos uma vez por mês (a duração dos ciclos menstruais é variada para cada corpo menstruante) e ainda assim a menstruação é um assunto considerado tabu na sociedade e para grande parte das jovens e adultas que lidam, por vezes com dificuldade, com as diferentes fases do seu ciclo.
Em uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia em 2017, 55% das mulheres entrevistas que ainda possuem um ciclo menstrual ativo declararam não gostar de menstruar, especialmente porque sentem incômodo e desconforto (52%) e cólica (46%). Uma pesquisa realizada com 12.000 mulheres brasileiras aponta que 45% delas declararam não conhecer seu ciclo menstrual. Em uma pesquisa de 2018 realizada pela Revista Capricho, 59% das jovens brasileiras declaram se sentir menos confiantes durante o período menstrual; 18% das jovens tem dificuldade de falar sobre menstruação e 70% declaram se privar de realizar certas atividades por conta da menstruação.
Acreditamos que a relevância do projeto se encontra em sua capacidade de reunir vozes femininas de contextos socioeconômicos diferentes para discutir um fenômeno biológico universal a todas as mulheres – a menstruação. A partir de um documentário pouco denso, sem muitos jargões técnicos ou complicados, porém informativo, esperamos produzir uma obra audiovisual que possa ser exibida em escolas públicas e particulares ao redor do país, buscando contribuir para a naturalização do corpo feminino (como também do corpo menstruante, independente de seu sexo biológico, abrangendo também as experiências de mulheres e homens trans), possibilitando que mais pessoas possam ter acesso às informações referentes à sua saúde íntima e possam também ter autonomia sobre as suas escolhas pessoais.
Lara Carvalho – Diretora e Roteirista